HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO II - REFORMA LOURENÇO FILHO
Um
grande momento na história da educação no Ceará, de grandes ideias pedagógicas,
foi a Reforma Educacional Lourenço Filho, ocorrida em 1922. Lourenço Filho era
paulista e veio ao Ceará a pedido do presidente Justiniano de Serpa para
executar um compromisso que este tinha feito na campanha.
Segundo
Oliveira (2013) a reforma cearense é considerada pioneira em relação a
influência do pensamento da Escola Nova, Lourenço Filho trouxe grandes ideias,
dinamizou o ambiente escolar e revitalizou os interesses educacionais.
Importantes medidas foram implementadas tais como: a criação dos cursos de
formação de professores sobre a pedagogia nova, exigindo ingresso e formação na
Escola Normal; criação da Diretoria geral da instrução pública, na intenção de
submeter os serviços educacionais a uma direção mais eficaz; o reforço da
inspeção escolar e um amplo recenseamento das escolas.
Lourenço
Filho estendeu a rede escolar de modo mais racional, acrescentando outros
modelos de atuação, adequando-os à realidade cearense como o cadastro escolar,
realizado de três em três anos. O referido cadastro era considerado por ele
como responsável pela metade da reforma, o qual teve a conscientização da
população sobre os problemas da escolarização do estado (Oliveira, 2013).
Nesse
primeiro texto temos a citação do autor Nagle (2001), destacando que a passagem
de Lourenço Filho por este estado constituiu um dos laboratórios das reformas
da década de vinte. E que a referida reforma buscava a substituição do modelo
educacional vigente considerado obsoleto pelos novos princípios da Escola
Nova.
Nesse
contexto da Escola Nova, apresentamos as propostas contidas no Manifesto dos
Pioneiros da Educação Nova, publicado em 1932, movimento de suma importância
sobre a escola pública no Brasil. Um plano de ação nacional com objetivos de
traçar diretrizes de uma nova política de educação e ensino em todos os níveis,
aspectos e modalidades. (Camurra, 2008).
As
propostas defendidas no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova no Brasil
eram: educação pública como direito de todos; escola única e comum a todos;
escola gratuita e obrigatória; escola laica, sendo esta neutra, separando o
Estado da religião; a co-educação, em que meninos e meninas estudam na mesma
sala e a responsabilidade da educação sendo do Estado e da família.
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